A eliminação da fome, da malnutrição e dos agravos relacionados ao excesso de peso, deve ser meta fundamental para a melhoria da qualidade de vida das populações. Assim, as ações no setor da alimentação e nutrição devem estruturar-se no contexto da segurança alimentar e nutricional, integrando um conjunto de ações que objetivam respeitar, proteger, promover e prover o direito humano à saúde e à alimentação.
Na esfera da Alimentação e Nutrição foram realizadas ações importantes de promoção da saúde, prevenção e tratamento da malnutrição e das carências em micronutrientes, o que contribuiu significativamente para a melhoria do estado nutricional da população de Cabo Verde. Dentre as intervenções do Plano Nacional de Alimentação (PNAN 2015-2020) destacam-se:
O PNAN 2015-2020 trouxe assim, uma abordagem que integra diferentes setores que visam reforçar as estratégias de acesso aos alimentos e à água potável, e a promoção da alimentação saudável e adequada. Uma característica importante do PNAN é a sua interface com os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) e a Agenda Pós 2015. De referir que 7 das metas dos ODM’s, estão diretamente relacionadas com a nutrição e a alimentação:
Para o organismo, a variedade é muito importante, aj que nenhum possui todos os nutrientes necessários para que ele desempenhe todas as funções.
A composição exata de uma dieta diversificada não pode ser preestabelecida, já que as necessidades podem depender das características individuais de cada um (como idade, sexo, estilo de vida e grau de intensidade física).
No entanto, os princípios básicos do que compõem uma dieta saudável permanecem os mesmos.
Os alimentos que fazem parte dessa alimentação balanceada são: frutas e legumes (400 g ou 5 porções diárias); leguminosas (por exemplo, lentilhas e feijões); nozes; grãos integrais (milho não processado, aveia, trigo e arroz integral); alimentos de origem animal (para o caso de pessoas que não são vegetarianas ou veganas).
Para o caso das carnes, a melhor escolha seriam carnes magras, com pouca gordura. Dê sempre preferência para cozinhar ou ferver os alimentos em vez de fritá-los.
O sal, quando consumido em grande quantidade, pode elevar a pressão arterial e, consequentemente causar hipertensão, um dos principais fatores de risco para doenças no coração.
A maioria das pessoas consome quantidades maiores que a recomendada pela OMS, por meio de alimentos ricos em sódio, que é de no máximo 5 g, ou uma colher de chá por dia.
Esses alimentos ricos em sódio (normalmente presentes nos alimentos processados) não contêm a quantidade necessária de potássio, aumentando o risco de desenvolver doenças e até derrames.
Mesmo que não salgue a comida depois de preparada, é importante ficar de olhos nas grandes quantidades em alimentos processados e em bebidas.
Simples mudanças podem diminuir o consumo excessivo do sal, como trocar os alimentos processados por alimentos naturais e frescos durante o dia, além de verificar os rótulos dos alimentos e procurar produtos com menor teor de sódio.
Além disso, limitar a quantidade de sal e condimentos com elevado teor de sódio (por exemplo, molho de soja, molho de peixe e caldo de carne) quando cozinhar e preparar alimentos é uma dica preciosa na redução de sal.
O paladar pode se ajustar rapidamente á novas condições, então remover o condimento da mesa durante as refeições por hábito pode acarretar em comer alimentos com menos sal.
A redução do consumo de sal para menos de 5g por dia pode deduzir cerca de 1,7 milhão de mortes a cada ano.
A gordura pode ser benéfica para a saúde, mas quando consumida em pequenas quantidades (até 30% do consumo diário de alimentos) e do jeito certo. No entanto, alguns tipos de gordura podem aumentar os riscos de obesidade e de doenças cardiovasculares.
Gorduras insaturadas (encontradas em peixes, abacate e nozes, e em óleos como o de girassol, soja, canola e no azeite de oliva) são preferíveis às gorduras saturadas (encontradas em carnes gordas, manteiga, ghee, óleo de palma e coco, cremes, queijos e banha) e gorduras trans.
As gorduras saturadas devem ter consumo inferior a 10% do consumo diário de alimentos — já as trans devem ser totalmente evitadas. Elas estão presentes em alimentos assados e fritos, snacks e alimentos como pizza congelada, tortas, biscoitos, bolachas, óleos e cremes, além da gordura encontrada em alimentos de origem animal.
O consumo de açúcar se tornou muito alto nos últimos anos. Uma das dicas de alimentação saudável da OMS é que o consumo seja inferior a 10% do consumo diário de energia.
Não apenas prejudiciais para a saúde dental, os açúcares podem favorecer o surgimento da obesidade. Os açúcares livres influenciam a pressão arterial e os lipídios séricos, aumentando os fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Para reduzir esses índices, o recomendado é limitar o consumo de alimentos e bebidas que contenham quantidades elevadas de açúcares, tais como snacks açucarados, doces e bebidas adoçadas com açúcar.
Dentre essas bebidas, estão incluídos os refrigerantes com ou sem gás, sumos ou bebidas de frutas ou vegetais, concentrados líquidos e em pó, água aromatizada, bebidas energéticas e esportivas, chá pronto para beber, café pronto para beber e bebidas lácteas aromatizadas.
Comer frutas frescas e vegetais crus como lanches em vez de lanches açucarados também é uma alternativa para reduzir os níveis de açúcar no sangue.