Cabo Verde, ter sido selecionado pelo Secretariado da OMS para o Controlo do Tabaco como um dos 15 países parceiros do Projeto FCTC 2030 (cinco na Região Africana da OMS), foi o reconhecimento da motivação e do engajamento do Governo; mas é também uma grande oportunidade do país consolidar o seu Programa de Controlo do Tabaco e as suas ferramentas essenciais de implementação da Convenção. Contudo, apesar dos resultados já alcançados, o país continua sendo muito dependente de assistência internacional, seja em termos técnicos seja em termos financeiros.
O país e os seus atores e responsáveis vão precisar, portanto, de esforçarem-se para aprimorar o seu sistema de vigilância, mobilizar e capacitar a sociedade civil, reforçar as parcerias e mobilizar recursos internos e externos, controlar a actividade da indústria do tabaco nomeadamente a publicidade e as atividades de responsabilidade social e outras formas de interferências, apoiar aqueles que desejam parar de usar o tabaco, proteger as populações do fumo de segunda mão e os menores do contato com produtos do tabaco, e, enfim, implementar o Projeto Legislativo desenvolvido e o Plano Estratégico multissectorial em apreço.
A Comissão Nacional de Implementação da Convenção-quadro de Cabo Verde tem, assim, no quadro atual, o necessário ambiente favorável para conduzir o processo de implementação deste plano, de modo a que este possa cumprir a sua missão, de “estabelecer uma dinâmica nacional de intervenção baseada na pluridisciplinaridade, na multissetorialidade e na transversalidade, capazes de alavancar a mobilização e a participação dos atores, dos sectores e das comunidades a todos os níveis, com vista a controlar o tabagismo e a suas consequências devastadoras sobre a saúde das pessoas, sobre o meio ambiente e sobre a economia.” Por essa via, a implementação da Convenção-quadro da OMS para o Controlo do Tabaco será efetiva e contribuirá para o alcance das metas definidas nas agendas nacional e global.