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TURISMO SAUDÁVEL

A saúde do viajante é uma área que trata dos riscos, individuais e coletivos, ocasionados pela movimentação de pessoas e pela sua interação com diversos ambientes. As questões de saúde em viagens vêm sendo, cada vez mais, abordadas por setores de governo, empresas aéreas e marítimas e agências de viagem. Entretanto, a maioria dessas ações ainda é restrita a recomendações de vacinação antes da viagem e a descrições sobre riscos veiculadas em páginas da Internet.

Interação entre as áreas de saúde e turismo

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) prevê que exista interação entre as áreas de saúde e turismo. Para a OMS, a prevenção na saúde do turista não pode ser apenas responsabilidade do governo; essa responsabilidade deverá recair também sobre o indivíduo, que precisa de informações sobre o local a ser visitado.

Podemos afirmar que a saúde do viajante é vista sob dois aspetos, primeiro quanto à preocupação com a saúde individual do turista e segundo sob o ponto de vista dos impactos na saúde pública resultantes da intensificação do fluxo de turistas e da interação do turista com o ambiente.

É essencial abordar a saúde do turista com um conjunto de ações que deve abranger entidades governamentais, as agências de viagem e outros operadores e também os indivíduos, tanto os próprios viajantes quanto aqueles que irão recepcioná-los.

Observatório do Turismo Saudável em Cabo Verde (OTUS)

O Observatório de Turismo Saudável poderá ser visto no âmbito do programa Cidades Saudáveis em Cabo Verde, como um farol de observação e orientação turística, que tem por finalidade, mediante o mapeamento inteligente, recolher, tratar e processar dados sobre a atividade turística e sua interação com a saúde no seu conceito mais amplo:

  • elaboração da carta de qualidade dos produtos turísticos;
  • condução de registos sobre o perfil e tempo de estadia do visitante;
  • análise do grau de satisfação em função das expectativas do visitante;
  • atividades e produtos de maior procura;
  • eventos culturais e desportivos;
  • monitorização dos fluxos turísticos e suas consequências;
  • impactos positivos e negativos: económicos, ambientais e sócio-culturais;
  • informações sobre o estado sanitário do país;
  • desenvolvimento de estudos e cenários de prospetiva.